Um dos destaques da partida foi o atacante Thiago Gentil (também chamado de Thiago Tubarão), que marcou dois gols. Jogou no Santa Cruz em 2000 e depois em 2006. Além de ter jogado no Sport e Náutico.


O jogo foi realizado no estádio dos Aflitos, ouça os 7 gols do Santa Cruz.
Narração: Ednaldo Santos da Rádio Jornal AM de Recife
Repórter de Campo: Hélio Macedo e Carlos Eduardo

Sequencia dos gols:


1º gol do santa: Thiago Tubarão (atacante) aos 44' do 1º tempo;
2º gol do santa: Wellington Madeira (zagueiro) de cabeça 46' do 1º tempo;
3º gol do santa: Márcio Alan (meia) aos 20' do 2º tempo;
4º gol do santa: Thiago Tubarão (atacante) de pênalti aos 26' do 2º tempo;
5º gol do santa: Michel (meia) aos 30' do 2º tempo;
6º gol do santa: Nilson aos 35' do 2º tempo;
7º gol do santa: Márcio Allan aos 37' do 2º tempo.

Matéria do Jornal do Commércio:

Santa faz Íbis voltar aos velhos tempos
por Wladmir Paulino, Ivan Moraes Filho e João Marcelo Melo

Uma hora e cinco minutos de atraso deixou todo mundo com mais fome de bola. E o apetite voraz do Santa Cruz pôde ser comprovado ao final dos noventa minutos, quando o placar dos Aflitos ostentava o placar de 7x1. O ‘chocolate’ tricolor foi mais do que um presente de Páscoa para os 10.028 presentes. Foi a maior goleada do Campeonato Pernambucano até agora.

No início da partida, nem parecia que o goleiro Ronaldes seria atropelado por Thiago Paulista e companhia. Os três membros da zaga coral – Eleomar, Wellington Madeira e Embu – pareciam falar cada um, uma língua diferente. Resultado: ‘buracos’ no miolo, passes errados e coberturas que deixavam tudo descoberto, à mercê de contra-ataques. Até que Thiago Paulista acertou uma bola de bico na trave, logo aos três minutos, mas foi só isso.

Bastaram passar mais três minutos para Neto entrar na defesa tricolor como se estivesse na sala da própria casa, sem pedir licença. Só que o golpe final não saiu como ele queria. Quatorze minutos e eis que o Pássaro Preto põe as armas de fora novamente. Júlio César fuzila, Nílson espalma. Bau pega o rebote, a defesa do Santa alivia.

Até de pênalti as coisas não andavam bem para o lado dos corais. Aos 27 minutos, Hilton entra na área e é derrubado por Zé Carlos. O próprio Hilton encarregou-se da cobrança, mas ela foi fraca, fácil para a defesa de Ronaldes. Só aos 42 minutos, o famigerado gol saiu. Márcio Allan cruzou rasteiro, da direita, suficiente para Thiago empurrar para as redes. Já no apagar das luzes, Wellington Madeira marcou o segundo, escorando de cabeça uma falta batida pelo meia Jean Carlo.

Veio a etapa final e o baile vermelho, preto e branco mudou-se do Arruda para Rosa e Silva. Depois de algum esboço de reação do Íbis nos primeiros minutos, Márcio Allan deu o golpe de misericórdia, aos 18. Misericórdia? Ainda tinha muito mais, só com uma pausa para o gol de Neinha, aos 24 minutos.

E o gol do Íbis foi o marco inicial da avalanche que veio a seguir e quase entorta o pescoço do goleiro ibiense de tantas bolas que ele viu passar. Aos 25 o endiabrado Thiago Paulista entrou na área passando por qualquer um que aparecesse em sua frente, até ser derrubado. O mesmo Thiago bateu e ampliou para 4x1.

O ex-júnior Michel, com frieza de veterano tomou a responsabilidade de fazer mais um, após receber passe de Hilton e driblar o goleiro. Hilton também queria apagar a má impressão deixada com a perda do pênalti e assim o fez, ao anotar o sexto gol, num toque entre as pernas de Ronaldes.

O martírio de goleiro do Íbis só teve fim aos 36, novamente com um gol de Márcio Allan. Ele recebeu de Hilton e mandou a bomba. Não perca a conta: Santa Cruz 7x1 Íbis.

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