13/12/1999 - Recife vive um dia totalmente tricolor com a chegada da delegação do Santa Cruz.




por MIGUEL RIOS, IVAN MORAES FILHO E MARCO BAHÉ (Jornal do Commércio)

O Aeroporto dos Guararapes virou um anexo do Mundão do Arruda. Uma enxurrada tricolor concentrou-se no saguão, à espera dos heróis. Os jogadores do Santa Cruz desembarcaram um dia após assegurar a volta à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Para onde se olhava, via-se o preto, o vermelho e o branco ornamentando o corpo, a cabeça, o chão, o ar.

A torcida, enquanto os atletas não desembarcavam, se divertia dançando e entoando gritos de guerra, publicáveis ou não. Quando não eram os tradicionais brados tricolores, aproveitava-se para alfinetar o tradicional adversário Sport, a quem o Santa se junta na Primeira Divisão, acirrando a rivalidade regional. Foi grande o número de lanternas que a galera exibiu, numa referência ao último lugar do Rubro-Negro no Brasileirão deste ano.

Do lado de fora do aeroporto, dois caminhões do Corpo de Bombeiros esperavam para conduzir os atletas até o estádio do Arruda, numa carreata que passou pela Avenida Boa Viagem, arrebanhando um número maior de torcedores e atrapalhando ainda mais o tráfego.

Tricolores banhistas esqueceram o sol para seguir atrás dos seus irmãos de clube. Nos prédios, quem tivesse uma bandeira do Santa Cruz colocava na sacada. O orgulho de ser tricolor enchia os corações. Até chegar ao Arruda, o coro de buzinas ficava maior a cada esquina.

O Santa Cruz de 1999

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